O advogado de um deputado federal entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seu cliente, atualmente preso, seja transportado em ambulância para realizar um exame de cateterismo. Segundo a defesa, a última vez em que o deputado precisou sair para exames médicos, foi transportado em condições inadequadas, sendo algemado e colocado em um camburão, o que, segundo o advogado, violaria os princípios da dignidade humana. O pedido foi protocolado no STF, destacando o quadro de saúde do parlamentar, que, aos 64 anos, teria perdido 20 quilos desde sua prisão em março de 2024.
O exame de cateterismo foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes em janeiro de 2025, após um pedido da defesa para que fosse realizada a avaliação médica necessária. Para garantir a segurança do procedimento, o ministro determinou que a defesa informasse os detalhes do exame com antecedência, a fim de viabilizar a escolta policial. O deputado está preso em uma penitenciária federal de segurança máxima, onde também cumpre pena o irmão, que ocupa cargo no Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro. Em dezembro do ano passado, a defesa tentou substituir a prisão por uma medida domiciliar, mas a Procuradoria-Geral da República se opôs à solicitação.
O cateterismo, procedimento invasivo utilizado para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas, é geralmente rápido e de baixo risco, mas pode acarretar complicações em casos raros. A realização do exame visa avaliar o estado de saúde do deputado, especialmente após a perda de peso e os sintomas apresentados desde a prisão. A questão do transporte adequado durante o procedimento tem gerado debate sobre o respeito aos direitos do detento e as condições de sua detenção enquanto se realiza a assistência médica necessária.