O criminalista Celso Sanchez Vilardi assumiu a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro em processos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele substitui Paulo Cunha Bueno, que continuará compondo a equipe de defesa. Vilardi, mestre em Direito Processual Penal, é especialista em Teoria Geral do Processo e atualmente leciona na Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele enfrentará casos que envolvem acusações de crimes contra a ordem democrática, além de outros processos, como a investigação sobre a venda ilegal de joias e a falsificação de cartões de vacina.
O ex-presidente, indiciado por diversos crimes, aguarda a possível denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada ao golpe de Estado e outros atos contra o sistema democrático. A PGR prepara acusações contra os envolvidos, que incluem o ex-presidente e ex-ministros, dividindo as acusações conforme os núcleos de uma suposta organização criminosa. Além disso, Bolsonaro é investigado em outros casos, como a venda de joias da Presidência e a inserção de dados falsos no sistema de saúde.
A Polícia Federal também apura o envolvimento do ex-presidente em um suposto esquema de espionagem ilegal, com foco na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e investiga ataques a ministros do STF, além de vazamentos de dados sigilosos. Durante seu governo, Bolsonaro também foi alvo de investigações sobre supostas interferências na Polícia Federal, incluindo mudanças no comando da corporação que seriam relacionadas a interesses pessoais e políticos.