A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que irá recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mantém a apreensão do passaporte de Bolsonaro e impede sua presença na cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos. A decisão de Moraes seguiu um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou que o pedido do ex-presidente estava baseado em um interesse privado, sem evidências de um convite formal para o evento.
Desde fevereiro, Bolsonaro está sem seu passaporte devido a uma investigação relacionada a uma possível tentativa de golpe de Estado, acusação que ele refuta. Moraes também enfatizou que a proibição de viagem foi motivada pelo risco de fuga, considerando declarações anteriores do ex-presidente que sugeriram essa possibilidade. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que a defesa não conseguiu demonstrar que o interesse público que motivou a restrição deveria ser superado pelo desejo pessoal de Bolsonaro de comparecer à posse.
O caso continua sendo um tema de debate jurídico, com a defesa do ex-presidente buscando reverter a decisão que limita sua liberdade de viajar. A situação reflete uma continuidade do processo judicial envolvendo Bolsonaro, que permanece sem seu passaporte enquanto a investigação segue.