O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, tem causado um forte desconforto dentro de seu partido ao manifestar apoio aos irmãos Brazão, acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Quaquá sugeriu a criação de uma comissão de juristas para revisar os inquéritos sobre o caso e questionou a legalidade das investigações conduzidas pela Polícia Federal, alegando a necessidade de uma nova análise dos fatos. Seu posicionamento gerou reações de figuras importantes dentro do PT, incluindo críticas da ministra da Igualdade Racial e da primeira-dama do Brasil, que acusaram Quaquá de desinformação.
A postura de Quaquá levou a uma divisão no PT, com algumas correntes defendendo sua expulsão e outras propondo apenas um afastamento de suas funções no partido. O prefeito de Maricá tem mostrado resistência às críticas, respondendo de forma contundente a seus opositores, como o secretário-executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, com quem teve uma troca de ataques. Apesar do racha interno, Quaquá mantém uma base de apoio significativa no Rio de Janeiro, onde é visto como uma liderança influente devido à sua gestão na prefeitura.
Diante do impasse, o PT enfrenta uma crise interna que pode resultar em consequências políticas para Quaquá, especialmente com a aproximação das eleições internas do partido em julho. A comissão de ética será acionada para avaliar o caso, mas sua decisão dependerá de um processo demorado e da aprovação da maioria do diretório nacional. O futuro político do vice-presidente do PT, portanto, segue incerto, com a possibilidade de mudanças substanciais nas dinâmicas internas da sigla.