A defesa do general Walter Braga Netto solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução dos dispositivos eletrônicos apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro do ano passado. Os itens, que incluem celular, computador e pendrives, foram confiscados em quatro locais relacionados ao ex-ministro. A defesa argumenta que os conteúdos já foram extraídos e utilizados no relatório final da investigação, não havendo mais interesse no processo para a manutenção dos aparelhos, permitindo assim sua devolução.
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024, sendo acusado de envolvimento em tentativas de subverter a ordem constitucional e de acessar informações sigilosas de uma delação premiada. A investigação aponta que ele teria sido uma figura central em um suposto plano para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, além de ser acusado de financiar ações ilegais. A PF sustenta que sua prisão é necessária para evitar riscos à ordem pública, dada sua influência e o potencial de obstrução das investigações.
Apesar da importância dos itens apreendidos para o avanço da investigação, a defesa contesta a necessidade de mantê-los sob custódia, alegando que todos os dados relevantes já foram analisados. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, ainda não se manifestou sobre o pedido de devolução dos eletrônicos. O desfecho dessa demanda será crucial para o andamento da defesa e para a conclusão das investigações em curso.