O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, rebateu críticas internas no governo sobre a presença dos comandantes das Forças Armadas no evento que marcará dois anos dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas. Para o ministro, a participação dos líderes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha demonstra que a cúpula militar se posicionou contra as tentativas de golpe e reafirma o compromisso das Forças Armadas com a democracia.
Múcio destacou que, mesmo durante o governo anterior, os então comandantes rejeitaram propostas de intervenção militar para manter o ex-presidente no poder, reforçando a narrativa de que as Forças Armadas não apoiaram iniciativas golpistas. Apesar disso, o ministro enfrenta pressões internas e já manifestou ao presidente Lula o desejo de deixar o cargo, mas tem sido convencido a permanecer, dado seu papel na estabilização da relação entre o governo e os militares.
No âmbito jurídico, o Supremo Tribunal Federal já condenou centenas de participantes dos atos de 2023, reafirmando a intolerância a crimes contra a democracia. Ministros da Corte também se posicionaram contra propostas de anistia para envolvidos nos eventos, argumentando que qualquer tentativa nesse sentido seria considerada inconstitucional, fortalecendo o recado de que ações antidemocráticas não serão toleradas no país.