O modelo R1 da DeepSeek, lançado recentemente de forma aberta, está desafiando o domínio das grandes potências tecnológicas ocidentais na área de inteligência artificial. Especialistas e investidores começam a perceber a importância dessa inovação, comparando-a com o impacto do lançamento do satélite Sputnik pela União Soviética em 1957, que marcou a superação dos EUA na corrida espacial. O R1 pode não apenas ter colocado a China em paridade com os Estados Unidos, mas também indica uma possível vantagem, com implicações de longo prazo no setor de IA.
O sucesso do R1 está na eficiência de seus métodos de treinamento, que reduzem os custos de computação sem comprometer a precisão. A estratégia de código aberto adotada pela DeepSeek, semelhante à da Meta, permite que qualquer desenvolvedor possa criar sua própria versão do modelo, tornando acessíveis os avanços tecnológicos anteriormente restritos a gigantes como Microsoft, Nvidia e Amazon. Isso coloca em risco o modelo de negócios baseado em IA proprietária, que dominava o mercado de grandes corporações.
A DeepSeek também está mudando o cenário ao desafiar o reinado da Nvidia, empresa que domina o mercado de semicondutores de IA. O impacto potencial dessa inovação é vasto, já que o R1 pode reduzir a dependência de chips caros e avançados. O lançamento do R1, portanto, não só altera as dinâmicas de mercado, mas também desafia a visão convencional de que a China apenas copia inovações ocidentais, mostrando que ela também está inovando de maneira significativa na área de IA.