O DeepSeek, assistente de inteligência artificial chinês, tem gerado grande atenção ao superar o ChatGPT em número de downloads nos EUA e provocar quedas significativas nas ações das gigantes de tecnologia, que perderam cerca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. A IA, lançada em janeiro de 2025, é vista como uma alternativa mais barata e eficiente em comparação com seus concorrentes americanos, o que levanta preocupações sobre a perda de domínio dos EUA na área de inteligência artificial. Especialistas consideram o impacto do DeepSeek comparável ao lançamento do satélite Sputnik pela União Soviética, que deu início à corrida espacial.
Embora a IA chinesa apresente características semelhantes às versões mais avançadas do ChatGPT, como a capacidade de resolver problemas matemáticos complexos, ela também possui limitações, como a falta de processamento de imagens e um nível de autocensura quando abordados tópicos políticos sensíveis. O DeepSeek é gratuito, entende o português e tem custos de desenvolvimento significativamente menores, o que contribui para questionamentos sobre a sustentabilidade dos altos investimentos feitos por empresas americanas no setor de IA. Seu modelo de código aberto também permite a participação de outros desenvolvedores, acelerando o progresso e redução de custos.
O DeepSeek foi criado em 2023 por Liang Wenfeng, um engenheiro eletrônico chinês, e sua startup tem recebido atenção pelo fato de conseguir alcançar desempenhos semelhantes aos dos principais concorrentes com um custo bem inferior. O investimento para o treinamento de sua IA foi de apenas US$ 6 milhões, comparado aos milhões investidos por empresas como a OpenAI e o Google. Além disso, a China conseguiu desenvolver essa tecnologia com recursos limitados devido a restrições comerciais impostas pelos EUA, o que levanta discussões sobre o impacto geopolítico da ascensão do DeepSeek no cenário global de inteligência artificial.