A Justiça Federal determinou o reforço imediato da segurança para as comunidades indígenas nas cidades de Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, após ataques que deixaram quatro pessoas feridas, incluindo uma criança. A medida, que inclui o aumento do efetivo da Polícia Federal, da Força Nacional e da Polícia Militar, foi tomada após pedido do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União. A decisão do juiz federal Pedro Pimenta Bossi destaca a necessidade de conter a escalada de violência na região, em meio a um conflito por terras que afeta os povos indígenas avá-guarani.
Desde dezembro, essas comunidades têm sido alvo de violência, incluindo tiros e incêndios criminosos, enquanto aguardam a conclusão do processo de reconhecimento da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá. Apesar de avanços em 2018, o processo foi interrompido em 2020 e retomado recentemente. O Ministério da Justiça informou que agentes da Força Nacional já estavam atuando na região e que um reforço adicional foi enviado, dobrando o efetivo inicial, para intensificar ações de proteção e patrulhamento.
As autoridades estaduais e federais apontam a gravidade da situação e a necessidade de cooperação para evitar novos episódios de violência. O governo do Paraná, que também reforçou sua presença na região, cobra uma atuação firme da União. O Ministério da Justiça assegura que medidas preventivas estão em curso e enfatiza o compromisso com a proteção dos direitos das comunidades indígenas, buscando uma solução pacífica para os conflitos.