A investigação criminal sobre a invasão do Capitólio, ocorrida em janeiro de 2021, foi a maior da história do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. No entanto, um decreto assinado por Donald Trump provocou controvérsia ao perdoar quase 1,6 mil pessoas envolvidas no ataque, incluindo aqueles que cometeram atos violentos contra policiais. O perdão retirou todas as acusações contra os acusados, permitindo a libertação de vários indivíduos já condenados, incluindo alguns líderes de grupos extremistas.
O ataque ao Capitólio, que resultou em cinco mortes e 174 policiais feridos, ocorreu no contexto da recusa de Trump em aceitar os resultados da eleição de 2020. No dia 6 de janeiro, ele incentivou seus seguidores a protestar contra a certificação da vitória de Joe Biden no Congresso, o que levou à invasão do prédio. Apesar das intensas investigações, que duraram quatro anos, e das consequências do ato, o perdão total deu fim ao processo judicial, impedindo que promotores federais continuassem a acusar os envolvidos.
A decisão gerou críticas, inclusive de membros do próprio partido de Trump, que questionaram a amplitude do perdão. Alguns advogados de policiais feridos também se manifestaram contra a medida, considerando-a injusta diante da violência vivida durante o ataque. A situação provocou um debate sobre os limites dos poderes presidenciais em questões como esta e levantou discussões sobre o futuro da autoridade executiva em casos semelhantes.