David Lynch, renomado cineasta e roteirista dos Estados Unidos, faleceu na última quinta-feira (16), aos 78 anos, deixando um legado marcante no cinema mundial. A família não revelou as causas nem o local de sua morte, mas em agosto do ano passado, Lynch havia anunciado sofrer de enfisema pulmonar, resultado de anos de tabagismo. Com uma carreira que desafiou as convenções da narrativa e da estética cinematográfica, Lynch foi um dos maiores expoentes do cinema autoral, conhecido por seus filmes perturbadores que exploram o lado sombrio da vida americana.
Entre suas obras mais emblemáticas estão “O homem elefante” (1980), que trouxe à tona a dramática história de Joseph Merrick, e “Veludo azul” (1986), onde o diretor combinou o surrealismo com um thriller psicológico que fez história no gênero. Sua criação mais icônica, no entanto, foi a série de TV “Twin Peaks” (1990-91), que revolucionou a televisão ao mesclar mistério, surrealismo e crítica social, criando um culto de seguidores que perdura até hoje. Lynch também teve destaque no cinema com filmes como “Coração selvagem” (1990) e “Cidade dos sonhos” (2001), ambos marcados por uma narrativa intrincada e uma crítica ao universo da indústria cinematográfica.
Apesar de ser indicado ao Oscar em quatro ocasiões, Lynch recebeu a estatueta honorária em 2019, destacando sua contribuição única para a sétima arte. Após sua carreira no cinema, ele se dedicou à meditação transcendental e à exploração de outras formas de expressão artística. Sua morte representa uma grande perda para o mundo da arte e do entretenimento, deixando um vazio que dificilmente será preenchido.