Davi Alcolumbre, favorito à presidência do Senado, tem trabalhado intensamente para evitar disputas internas entre partidos aliados e garantir uma distribuição equitativa dos postos na Mesa Diretora e nas comissões. O senador, do União Brasil, conseguiu articular um acordo entre o PT e o PL para evitar embates entre esses dois partidos, que, embora aliados de Alcolumbre, estão em lados opostos na política nacional.
Como parte da negociação, o PL ficará com a 1ª vice-presidência e a presidência da Comissão de Segurança, que será comandada por um nome da legenda. Por sua vez, o PT assumirá a segunda vice-presidência, com Humberto Costa, e duas comissões importantes: Educação e Meio Ambiente, com as indicações de Tereza Leitão e Fabiano Contarato, respectivamente. A negociação reflete a prática no Senado de distribuir os cargos conforme o tamanho das bancadas, com o PL, a segunda maior bancada, e o PT, em quarto lugar, ocupando posições estratégicas.
Outros postos importantes, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deverão ficar com o PSD, a maior bancada do Senado, com Otto Alencar como principal nome. O PSD também deverá comandar a Comissão de Relações Exteriores, enquanto a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve ser liderada por Renan Calheiros. Essas movimentações mostram um esforço para equilibrar o poder no Senado e garantir um funcionamento harmônico da Casa, evitando conflitos internos entre partidos aliados.