São Paulo, prestes a completar 471 anos, se destaca como a maior cidade da América Latina, mas também é marcada por uma alta desigualdade econômica. A capital brasileira enfrenta constantes aumentos no custo de serviços essenciais, como transporte público e serviços funerários. Desde janeiro de 2025, o preço das tarifas de ônibus e trens subiu, embora a cidade ainda esteja longe de liderar as passagens mais caras do Brasil. O alto custo de vida é uma realidade para os paulistanos, que também enfrentam a maior relação entre o preço do aluguel e o tamanho do imóvel entre as capitais brasileiras.
A cidade é também o local com o maior Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) do país, refletindo os altos custos de manter um veículo próprio. Em paralelo, o metro quadrado de São Paulo é o mais caro do Brasil, com valores elevados em bairros como Itaim Bibi, Pinheiros e Jardins. Esse aumento constante de preços é alimentado pela alta concentração de renda e pela movimentação financeira da cidade, que tem como efeito a valorização de imóveis e serviços, tornando a vida ainda mais cara para os moradores.
Em relação ao rendimento da população, o paulistano ganha, em média, R$ 5.458, colocando a cidade entre as cinco com maior média salarial do Brasil. Contudo, a desigualdade é marcante, com os 10% mais ricos da cidade concentrando uma parte significativa da renda. O custo da alimentação também é elevado, com a cesta básica em São Paulo sendo a mais cara do país. Além disso, até os serviços funerários têm visto aumentos substanciais, refletindo a inflação e os custos mais altos da cidade. Em 2024, a inflação na capital foi de 5,01%, maior que a média nacional, o que contribui para a dificuldade financeira de muitos habitantes.