O governo de Cuba manifestou oposição ao plano do presidente dos Estados Unidos de alocar migrantes na base naval dos EUA na Baía de Guantánamo, situada em território cubano. Em suas declarações, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel condenou a proposta, caracterizando-a como uma violação dos direitos humanos e do direito internacional. Ele ressaltou que a base, atualmente ocupada ilegalmente pelos EUA, seria usada para abrigar milhares de migrantes expulsos, ao lado dos centros de detenção e tortura conhecidos.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, criticou a ação como um desrespeito à dignidade humana e ao direito internacional. A proposta de Trump de usar a base de Guantánamo, tradicionalmente associada ao campo de detenção de suspeitos de terrorismo, gerou ainda mais controvérsia, dado o histórico de violações dos direitos humanos no local.
Trump, por sua vez, anunciou que tomaria medidas executivas para preparar a base com 30 mil leitos, com a justificativa de que a medida seria necessária para lidar com imigrantes ilegais. Além disso, autoridades cubanas reiteraram que a presença militar dos EUA na Baía de Guantánamo é uma ocupação ilegal e exigem a devolução do território à soberania cubana.