A crise política na Venezuela se agrava com denúncias de sequestro e conflitos relacionados às eleições presidenciais de julho. Nesta terça-feira (7), um líder opositor relatou o sequestro de um parente próximo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Segundo as informações, homens encapuzados interceptaram a vítima enquanto ela levava crianças à escola. Até o momento, o paradeiro do sequestrado é desconhecido.
O episódio ocorre em meio a tensões crescentes após as eleições presidenciais de 28 de julho, cujo resultado é contestado pela oposição e amplamente questionado pela comunidade internacional. O líder do governo foi declarado vencedor pelo órgão eleitoral, mas a oposição afirma ter provas de irregularidades, baseando-se em uma contagem paralela. A posse do atual presidente está marcada para a próxima sexta-feira (10), enquanto a oposição denuncia falta de transparência e repressão política.
Desde a divulgação dos resultados, a situação no país se deteriorou, com protestos internos e sanções diplomáticas de vários países. O líder opositor, exilado na Espanha, enfrenta acusações judiciais na Venezuela, incluindo conspiração. Ele chegou a declarar sua intenção de retornar ao país para reivindicar a presidência, mas enfrenta um mandado de prisão e uma recompensa foi oferecida por informações sobre seu paradeiro. A tensão ilustra a profundidade do impasse político e os desafios para a estabilidade na região.