O ex-candidato presidencial venezuelano denunciou o sequestro de seu genro, ocorrido enquanto ele levava os netos do opositor à escola. Segundo a denúncia, homens encapuzados interceptaram a vítima, obrigando-a a entrar em uma caminhonete que ainda está desaparecida. O caso acontece em um momento de tensão política no país, poucos dias antes da posse presidencial marcada para 10 de janeiro, na qual o opositor afirma retornar à Venezuela após um período de exílio.
A crise política se intensifica com a contestação das eleições presidenciais realizadas em julho, cujos resultados oficiais atribuíram vitória ao atual presidente com mais de 50% dos votos. A oposição, porém, apresenta documentos indicando vitória do ex-candidato, que contesta a legitimidade do pleito. Alegações de fraude eleitoral e repressão política resultaram em prisões, mortes e exílios, enquanto organizações de direitos humanos apontam violações significativas durante o processo.
O cenário internacional também reflete a polarização venezuelana, com nove ex-presidentes latino-americanos declarando apoio ao retorno do opositor. Enquanto isso, autoridades do governo vigente ameaçam prender o político caso ele entre no país. A disputa pelo reconhecimento da presidência venezuelana expõe as dificuldades de um sistema político altamente polarizado e marcado por acusações de desrespeito às instituições democráticas.