A crise política na Coreia do Sul se intensifica com o pedido das autoridades para que o Tribunal de Seul estenda a detenção do presidente afastado, que se encontra no Centro de Detenção da cidade. O motivo da detenção está relacionado a uma investigação sobre sua tentativa de impor a lei marcial em dezembro, um ato que gerou grande polêmica no país. Embora o presidente tenha sido preso no dia 15 de janeiro, ele se recusa a colaborar com os investigadores e a participar dos interrogatórios, o que levou ao pedido de prorrogação da sua custódia.
O caso se complicou após a rejeição de uma contestação apresentada pelos advogados do presidente contra a legalidade de sua prisão. Embora o partido político que o apoia tenha aproveitado a polarização gerada pela prisão para melhorar seus índices de aprovação, os investigadores ainda precisam convencer o tribunal a autorizar a extensão da prisão, com base na possibilidade de que a detenção seja necessária para a continuidade das investigações. A detenção de mais 20 dias só poderá ser confirmada mediante a aprovação do mandado pelo tribunal.
O episódio em questão, que marcou a primeira prisão de um presidente sul-coreano em exercício, resultou em uma crise política sem precedentes. A tentativa de imposição da lei marcial foi rapidamente rejeitada pelo parlamento, e o presidente afastado enfrenta agora um julgamento que determinará se ele poderá retomar o cargo ou terá seus poderes suspensos de forma definitiva. O desfecho dessa crise política terá repercussões significativas para o futuro do país.