A Coreia do Sul enfrenta uma grave crise política após a destituição de seu ex-presidente pelo Parlamento e a resistência à prisão que se seguiu. O ex-presidente permanece recluso em sua residência, protegida por um forte esquema de segurança, enquanto rejeita tentativas de interrogatório relacionadas à sua tentativa de implementar lei marcial no mês passado. As tensões aumentaram quando investigadores anticorrupção foram impedidos de acessar sua residência, em um episódio que intensificou a polarização política e gerou impasses jurídicos.
A decisão de declarar lei marcial, ainda que brevemente, aprofundou a instabilidade no país, gerando debates sobre o futuro de sua governança. Enquanto os oficiais militares diretamente envolvidos no plano já enfrentam acusações formais, o ex-presidente permanece sob investigação, e os prazos para sua prisão podem ser estendidos. O cenário atual não apenas abala a política interna como também levanta questões sobre os limites do poder presidencial em tempos de crise.
O Tribunal Constitucional tem até 180 dias para decidir se confirma a destituição do ex-presidente ou restabelece seus poderes, deixando o país em um estado de incerteza prolongada. A resolução desse caso será crucial para definir o futuro político da Coreia do Sul e a credibilidade de suas instituições democráticas em momentos de turbulência.