Centenas de sul-coreanos se reuniram no último domingo (5), enfrentando temperaturas congelantes e neve, para protestar contra a prisão do presidente deposto, em meio a um cenário político tenso. A ordem de prisão, emitida no dia 30 de dezembro, está prestes a expirar, o que aumenta a pressão para sua execução. A tentativa de prender o ex-presidente na sexta-feira (3) foi interrompida por um impasse entre os investigadores e os agentes de segurança, que barraram a entrada na residência do ex-líder. A população se concentra nas proximidades de sua casa, enquanto o impasse continua a gerar divisão.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde dezembro, quando tentou implementar a lei marcial, uma medida que foi amplamente vista como um fracasso. Ele enfrenta acusações criminais graves, incluindo insurreição, um crime passível de pena de prisão ou até pena de morte. Se a ordem de prisão for cumprida, ele se tornará o primeiro presidente sul-coreano a ser preso em exercício. A situação tem gerado protestos, com o Partido Democrata pedindo a dissolução dos serviços de segurança que protegem o ex-presidente, argumentando que sua postura é contrária à constituição do país.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul agendou para o dia 14 de janeiro a primeira audiência do julgamento de impeachment do ex-presidente. A corte terá até 180 dias para decidir se confirma a destituição ou se o devolve ao cargo. Enquanto isso, as investigações sobre as ações do ex-presidente seguem, e a crise política continua a dominar a agenda do país. A situação é acompanhada com atenção tanto pela oposição quanto pelo governo, com pressões para que a ordem judicial seja cumprida, mesmo diante de possíveis obstáculos políticos e institucionais.