O senador Rogério Marinho criticou a gestão do IBGE, liderada por Marcio Pochmann, acusando o instituto de se tornar um “puxadinho ideológico” do governo e colocando em risco sua credibilidade e independência técnica. Marinho solicitou ao TCU o afastamento cautelar de Pochmann, alegando que sua gestão está comprometendo os princípios fundamentais do instituto e suas funções, como a criação da Fundação IBGE+, que, segundo ele, usurpa a competência do Congresso Nacional. A solicitação também aponta para arbitrariedades administrativas e a ameaça à missão institucional do IBGE.
A situação no instituto se agrava com as críticas de servidores, incluindo uma carta aberta assinada por 136 funcionários, que denunciam a condução autoritária e política da gestão. Os servidores questionam mudanças no estatuto do IBGE e a implementação de novas estruturas, como a fundação, que contaria com a colaboração da iniciativa privada. Além disso, a revogação do trabalho remoto integral e a transferência de funcionários entre unidades também geraram insatisfação, culminando na demissão de dois diretores em janeiro de 2025, o que aumentou ainda mais a tensão interna.
A crise no IBGE também tem sido explorada por figuras políticas, como a oposição ao governo, que questionou a veracidade dos dados divulgados pela instituição, como a taxa de desemprego. A criação da Fundação IBGE+ é vista como um ponto de discórdia, já que ela não está vinculada diretamente ao Ministério do Planejamento, como o IBGE, mas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse cenário tem gerado um debate sobre a autonomia do instituto e seu papel na condução de pesquisas e políticas públicas no Brasil.