O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, reagiu às críticas recebidas sobre sua gestão, afirmando que divergências são naturais e aceitas democraticamente. Pochmann ressaltou que sua principal preocupação é garantir os recursos necessários para a continuidade das pesquisas do instituto, um órgão que, segundo ele, enfrenta problemas de subfinanciamento. O presidente também destacou que sua visita ao Palácio do Planalto, no dia 27 de janeiro, teve como objetivo tratar do financiamento do IBGE, e não de questões ministeriais.
Apesar da pressão interna de servidores, que se mobilizam contra medidas adotadas pela gestão, como mudanças no formato de trabalho e a criação de uma nova fundação, Pochmann negou que sua permanência à frente do IBGE seja insustentável. Embora haja avaliação interna de que sua saída possa ser uma opção, sua indicação foi política e tem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que torna sua demissão mais difícil. O governo, no entanto, aguarda a aprovação do orçamento de 2025 para viabilizar novos recursos para o instituto.
Pochmann, que tem uma trajetória marcada por posições econômicas heterodoxas e sua proximidade com o PT, também enfrentou críticas pela sua indicação ao cargo em 2023, principalmente pelo Ministério do Planejamento. Contudo, o presidente Lula defendeu publicamente sua escolha, destacando sua qualificação intelectual e experiência no campo econômico. A crise no IBGE reflete tensões internas e desafios financeiros, enquanto o instituto busca garantir a continuidade de suas atividades essenciais, como a realização de censos e pesquisas populacionais.