A América Latina recebeu cerca de US$ 415 bilhões em criptomoedas entre julho de 2023 e junho de 2024, representando 9,1% do volume global, com destaque para os mercados do Brasil e da Argentina. No Brasil, mais de 26 milhões de pessoas possuem algum tipo de criptoativo, colocando o país na sexta posição global em número de usuários. O uso crescente de stablecoins e o interesse em diversificação de carteiras têm impulsionado a adoção de ativos digitais, auxiliados por iniciativas como ETFs e projetos pioneiros do Banco Central, como o Drex, que exploram novas possibilidades no mercado cripto.
O interesse institucional em criptomoedas tem crescido significativamente, com grandes players financeiros globais como BlackRock e Fidelity ingressando no setor em 2024. A Binance registrou um aumento de 40% em investidores institucionais globalmente e um crescimento de 130% no Brasil, oferecendo soluções como o Binance Wealth, voltado para investidores de alto patrimônio. Essa plataforma facilita a gestão de criptoativos por meio de ferramentas adaptadas e suporte a consultores financeiros, reforçando a profissionalização do setor no país.
Além disso, a negociação de pares locais em reais tem favorecido os usuários brasileiros ao eliminar conversões de moedas e reduzir custos, ampliando a acessibilidade. A Binance destaca-se como a principal exchange da região, movimentando US$ 21,6 bilhões em 2024, quase 40% a mais que a soma das dez maiores concorrentes. Essa performance reflete o otimismo crescente em relação aos ativos digitais, impulsionado por adoção global, avanços regulatórios e marcos de preços históricos, como o Bitcoin.