O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) divulgou seu balanço sobre a produção de cimento em 2024, revelando um crescimento de 3,9% em relação ao ano anterior, com 64,7 milhões de toneladas comercializadas. O aumento foi impulsionado principalmente pela região Norte, que obteve uma alta de 10%, embora o mercado ainda esteja distante dos níveis de 2014, quando o país registrou a venda de 73 milhões de toneladas. O crescimento foi parcialmente afetado por eventos climáticos extremos, como inundações no Rio Grande do Sul e secas no Centro-Oeste, que impactaram as vendas.
Apesar de duas quedas consecutivas nos últimos anos, o mercado de cimento se beneficia de fatores como a recuperação do mercado de trabalho, aumento da massa salarial e retomada das obras do programa Minha Casa, Minha Vida. No entanto, o setor enfrenta desafios como o aumento das taxas de juros, elevação dos custos com mão de obra e a alta inadimplência. Essas condições podem afetar o ritmo de novos investimentos em imóveis e pequenas reformas, áreas de grande importância para o setor.
O SNIC prevê um crescimento modesto de cerca de 1% para 2025, impulsionado por investimentos esperados em áreas de habitação, saneamento e logística. No entanto, o mercado externo, com a flutuação do preço do dólar, e as incertezas quanto à liberação de recursos do PAC, continuam sendo preocupações. O setor também aposta na regulação do mercado de carbono como uma forma de reduzir custos, utilizando mais resíduos industriais no processo de produção do cimento e diminuindo a dependência de combustíveis fósseis.