A economia chinesa enfrentará uma desaceleração no crescimento nos próximos anos, com uma previsão de expansão de 4,5% em 2025 e 4,2% em 2026, segundo pesquisa realizada pela Reuters. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve registrar um crescimento de 4,9%, próximo da meta do governo de 5%, impulsionado por medidas de estímulo econômico e forte desempenho das exportações. No entanto, o crescimento futuro será pressionado pelas tensões comerciais com os Estados Unidos, que devem intensificar o impacto das tarifas de importação sobre os produtos chineses.
A chegada de novas tarifas impostas pelos EUA, em especial com o retorno de um presidente que tem se comprometido com uma postura mais dura em relação à China, é vista como o principal obstáculo ao crescimento do país. Os analistas do UBS destacam que tais medidas podem afetar as exportações, o consumo interno e o investimento empresarial. Além disso, a atividade no setor imobiliário da China continuará a sofrer, embora o impacto sobre o PIB seja esperado como mais modesto em comparação com anos anteriores.
Por fim, os dados mais recentes indicam uma leve aceleração da economia no quarto trimestre de 2024, com o crescimento subindo para 5% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar disso, os analistas acreditam que mais estímulos serão necessários para sustentar a recuperação econômica. A magnitude e o sucesso dessas medidas de apoio dependerão, em grande parte, da intensidade com que os Estados Unidos aplicarem suas políticas tarifárias. O governo chinês deve anunciar oficialmente os dados do PIB e a atividade econômica de dezembro em breve.