O crédito para famílias e empresas no Brasil apresentou um crescimento expressivo de 10,7% no último ano, alcançando um total de R$ 6,3 trilhões, conforme dados do Banco Central. Esse aumento reflete a necessidade de financiamento para o crescimento de empresas e investimentos em maquinário e infraestrutura, como é o caso de pequenos empresários que buscam expandir suas operações. O crédito, apesar da alta nos juros, tem sido fundamental para o crescimento econômico, uma vez que permite que as empresas garantam seus pagamentos e se preparem para a expansão futura.
No entanto, o cenário de juros altos coloca desafios para as empresas e famílias que contraem empréstimos. Especialistas apontam que a pressão inflacionária e a elevação das taxas de juros podem afetar a capacidade de pagamento de empréstimos, levando a um aumento na inadimplência. O presidente da Federação Brasileira dos Bancos, Isaac Sidney, prevê que a concessão de crédito desacelere em 2025, devido a condições macroeconômicas mais difíceis, como uma inflação mais alta e a renda das famílias sendo comprometida.
Apesar dos desafios, há otimismo entre empresários e economistas, que acreditam que uma política fiscal equilibrada pode melhorar a situação econômica. O professor Guilherme Fowler, do Insper, ressalta que a redução dos juros poderia aliviar a pressão sobre as empresas e famílias, permitindo que o crédito seja pago com maior facilidade. Essa mudança ajudaria na redução da inadimplência e contribuiria para um crescimento mais sustentável da economia brasileira.