Em Goiás, a denúncia de maus-tratos em uma creche localizada em Goiânia levou ao fechamento do estabelecimento e à responsabilização dos donos por tortura física e psicológica contra crianças de até três anos. Entre 2023 e 2024, pelo menos 30 crianças foram submetidas a condições cruéis, como serem trancadas em um quarto escuro sem comida, água ou ventilação, e deixadas sozinhas por até uma hora e meia. A investigação revelou que as crianças apresentavam sinais de abuso físico, como hematomas e assaduras, além de chegarem em casa com fome e sede.
A denúncia foi realizada por uma mãe, que relatou que seu filho, de apenas dois anos, estava frequentemente em condições precárias ao ser entregue pela creche. Ela afirmou que desconfiava dos maus-tratos, e uma ex-funcionária do local revelou detalhes sobre as condições do lugar, incluindo a privação de alimentos e água, bem como a má higiene. As crianças também eram forçadas a comer sopas, e, se estivessem dormindo na hora das refeições, eram deixadas sem comida. A polícia ouviu diversas testemunhas, incluindo pais e ex-funcionários, que confirmaram as denúncias.
O Ministério Público e a Polícia Civil conduziram a investigação, e o juiz responsável determinou medidas cautelares contra os donos, impedindo-os de continuar atividades envolvendo crianças e adolescentes. A creche foi fechada em 2024, e o prédio foi vendido para novos proprietários que afirmaram não ter vínculo com a gestão anterior. A denúncia levou à responsabilização dos envolvidos e expôs a gravidade da situação, com impactos psicológicos e físicos potenciais para as crianças afetadas.