O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou que o resultado fiscal preliminar de R$ 2,2 bilhões em déficit foi um reflexo da necessidade de recuperação da empresa, que se encontrava em dificuldades devido a tentativas de privatização e a questões herdadas de gestões passadas, como precatórios. Segundo Santos, o governo anterior deixou a estatal em um estado de sucateamento, mas o plano da nova gestão visa reverter essa situação, tornando os Correios lucrativos já em 2025.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou que o impacto no resultado fiscal de R$ 2,2 bilhões se refere apenas às receitas e despesas de 2024 e foi resultado da necessidade de usar recursos em caixa para cobrir custos não realizados em anos anteriores. A situação também foi agravada por mudanças na regulamentação de compras internacionais e os precatórios, que foram contabilizados no resultado da empresa. No entanto, a previsão é que os números finais, a serem divulgados em março, apresentem uma melhora.
Durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi discutido um plano de reestruturação para os Correios, que já está em andamento. Fabiano dos Santos reforçou que a empresa está trabalhando intensamente para se tornar financeiramente sustentável e manter o compromisso de atender às necessidades da população, especialmente nas áreas mais remotas do país. O objetivo é transformar os Correios em uma empresa saudável, capaz de continuar seu papel essencial para a sociedade.