Entre os dias 21 e 27 de janeiro de 2025, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) registrou um total de 2.846 ocorrências envolvendo águas-vivas nas praias do estado, com destaque para o 4º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), que contabilizou 1.603 casos. Esses registros refletem um aumento significativo em comparação com os anos anteriores. As praias do litoral sul de Santa Catarina, mais expostas aos ventos, apresentaram o maior número de ocorrências. A incidência de águas-vivas, como a espécie Reloginho e a Caravela Portuguesa, varia conforme a região e as condições climáticas.
O professor Charrid Resgalla Jr., especialista da Univali, explica que, embora o número de ocorrências seja considerado abaixo do normal, o tipo mais comum de água-viva no estado é a Reloginho, que apresenta maior risco devido à sua transparência. Já a Caravela Portuguesa, embora menos frequente, é mais perigosa, com veneno capaz de causar reações graves. A incidência das águas-vivas tende a ser maior nos meses de verão, com picos no final de janeiro e início de fevereiro, especialmente durante os finais de semana, quando as praias estão mais cheias.
Em caso de queimaduras por águas-vivas, o CBMSC orienta que os banhistas deixem imediatamente a água e procurem os postos de guarda-vidas. A aplicação de vinagre é recomendada para aliviar os sintomas, e é importante evitar o uso de água doce ou urina, que podem agravar a situação. O uso do aplicativo CBMSC Cidadão também é sugerido para consultar informações sobre a presença de águas-vivas nas praias, além da observação das sinalizações, como a bandeira lilás, que indica áreas de risco.