O Corinthians teve suas contas bloqueadas após uma ação judicial movida contra o clube, resultando no atraso do pagamento dos salários de janeiro. O processo, envolvendo o empresário André Cury, aponta que o clube teria incluído contratos indevidos no Regime Centralizado de Execuções (RCE), o que motivou o bloqueio das contas. No entanto, a diretoria do Corinthians acredita que a decisão judicial será revertida, já que todos os débitos estão cobertos pelo RCE, conforme homologação anterior pela Justiça de São Paulo.
Além da ação de Cury, o Corinthians enfrenta outras cobranças, incluindo uma grande dívida com o empresário Giuliano Bertolucci, que também acionou o clube na Justiça, cobrando aproximadamente R$ 78 milhões. Em total, o clube deve cerca de R$ 170 milhões aos agentes Cury, Bertolucci e Carlos Leite, e ainda busca regularizar essas pendências dentro do processo do RCE, que permite o parcelamento das dívidas. O Corinthians também está negociando com credores para alinhar a forma de pagamento.
A situação financeira do clube é crítica, com uma dívida total estimada em R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 710 milhões referentes à construção da Neo Química Arena. A administração do clube está empenhada em reorganizar suas finanças por meio do RCE, uma ferramenta da Lei de SAF que visa centralizar as execuções judiciais e facilitar o pagamento das dívidas. As negociações com credores devem começar em janeiro, com a expectativa de normalização das operações financeiras ainda nesta sexta-feira.