A Coreia do Sul expressou preocupações sobre a possibilidade de a Coreia do Norte enviar mais tropas à Rússia para apoiar as forças russas no conflito com a Ucrânia, apesar de perdas significativas e da captura de soldados norte-coreanos. A situação já se arrasta há quatro meses desde o primeiro envio de tropas, e as autoridades sul-coreanas acreditam que Pyongyang possa estar se preparando para novas ações, sem especificar quais medidas adicionais seriam tomadas. Além disso, a Coreia do Norte está em processo de lançamento de um satélite espião e de um míssil balístico intercontinental, embora ainda não haja sinais de ação iminente nesse sentido.
No mês de janeiro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, confirmou a captura de dois soldados norte-coreanos na região de Kursk, na Rússia. Este evento marcou a primeira vez em que a Ucrânia capturou soldados norte-coreanos desde que o país entrou no conflito no outono anterior. Em setembro do ano passado, a Coreia do Norte havia enviado cerca de 11.000 soldados para apoiar as forças russas na região de Kursk, e mais de 3.000 desses soldados foram mortos ou feridos durante o combate.
A cooperação entre Moscou e Pyongyang foi intensificada após a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Pyongyang em junho de 2024, quando ambos os países assinaram um Tratado de Parceria Estratégica Abrangente. Esse tratado inclui um pacto de defesa mútua, reforçando os laços entre os dois países no contexto da guerra da Ucrânia.