A crise política na Coreia do Sul se intensifica com o afastamento de seu presidente, que está sendo investigado por uma tentativa de imposição da Lei Marcial em dezembro. O líder foi preso em 15 de janeiro, tornando-se o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser detido. A prisão ocorreu no contexto de uma investigação sobre a possível insurreição durante a ação militar temporária, que foi rejeitada pelo parlamento. O presidente está atualmente no Centro de Detenção de Seul, e seu caso está gerando um debate jurídico em torno da legalidade de sua detenção.
Os advogados do presidente contestaram a prisão, alegando ilegalidade, mas o Tribunal Distrital de Seul rejeitou a contestação, validando a prisão. As autoridades estão sob pressão para decidir se mantêm o líder sob custódia ou se o libertam, com um prazo de 48 horas para uma nova avaliação, que se encerra em 17 de janeiro. Para estender a detenção, os investigadores precisariam de um mandado de prisão, o que deve ser solicitado a um tribunal nesta sexta-feira. O advogado de defesa sugeriu que uma revisão mais cuidadosa fosse feita para avaliar a legalidade da prisão.
A situação política se agrava devido à fragilidade do governo e à polarização que a crise tem gerado. Além do caso legal, o presidente suspenso também tem se recusado a cooperar com os interrogatórios, o que aumenta a tensão. O país vive um momento delicado, com a investigação sendo acompanhada de perto, enquanto as autoridades tentam resolver a crise sem precedentes. O desdobramento dos próximos dias pode definir o futuro político e legal do país.