O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou uma elevação de 1 ponto percentual na taxa de juros, com previsão de nova alta semelhante para março de 2025. A decisão foi amplamente antecipada e gerou reações positivas entre economistas, que elogiaram a clareza da comunicação. O foco do Copom na manutenção de alertas sobre riscos fiscais foi destacado, ressaltando o impacto da política fiscal sobre a sustentabilidade da dívida pública e os mercados financeiros.
Diversos economistas indicaram que a decisão de manter um “guidance” para apenas uma reunião à frente foi estratégica, proporcionando maior flexibilidade para ajustes futuros conforme novos dados e eventos. A postura cautelosa reflete a necessidade de observação dos efeitos de políticas fiscais e da evolução da economia. Embora haja sinais de desaceleração econômica, a pressão inflacionária continua a ser um ponto crítico, e a expectativa é de que a política monetária siga contracionista nos próximos meses.
Em relação às projeções econômicas, a maioria dos analistas concorda que o ciclo de alta de juros deve continuar, com a Selic podendo atingir 15% até o final de 2025. Apesar da elevação recente, a inflação continua sendo uma preocupação, e a política fiscal tem papel fundamental na contenção dos preços. Os economistas consideram que a aceleração da inflação depende, em grande medida, do controle do gasto público e do impacto no crescimento da demanda interna.