O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano, em uma decisão unânime. A medida reflete a necessidade de uma política monetária mais restritiva devido ao cenário inflacionário desfavorável, com projeções de inflação mais altas e riscos de desancoragem das expectativas. O Copom também destacou a resiliência da atividade econômica e as pressões no mercado de trabalho como fatores que exigem o endurecimento da política monetária para garantir a convergência da inflação para a meta.
O colegiado apontou que o ambiente externo permanece desafiador, especialmente com incertezas sobre a política econômica dos Estados Unidos, que afetam as economias emergentes. A inflação continua acima da meta e as expectativas para 2025 e 2026 também foram ajustadas para níveis mais elevados. Os riscos para a inflação são considerados mais inclinados para a alta, com destaque para a possível resistência na inflação de serviços e o impacto de políticas econômicas internas e externas que poderiam agravar a pressão inflacionária.
Além disso, o Copom indicou que, se o cenário se confirmar, uma nova elevação de 1 ponto percentual é esperada na próxima reunião, marcada para março. A decisão de aumentar a taxa de juros tem como objetivo garantir a estabilidade de preços e suavizar as flutuações da economia, sem perder de vista o compromisso com o pleno emprego e o controle da inflação no longo prazo. A magnitude do ciclo de aperto monetário dependerá da evolução da inflação e das condições econômicas internas e externas.