A 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30) ocorrerá em Belém, no Brasil, entre 10 e 21 de novembro de 2025. Ao longo de três décadas de cúpulas climáticas, a emergência do aquecimento global tem se intensificado, apesar dos esforços de vários países para reduzir as emissões de gases poluentes. O impacto das mudanças climáticas é cada vez mais evidente, mas o cumprimento das metas estabelecidas tem sido inconsistente. A professora Denilde Holzhacker destaca que, apesar das limitações, há avanços em cada edição da COP, principalmente no aumento da conscientização e no aprimoramento das ações globais.
Dentre os maiores acordos globais para conter as mudanças climáticas, o Protocolo de Kyoto, firmado em 1997, estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, com foco nos países industrializados. No entanto, o acordo perdeu força após a retirada dos Estados Unidos em 2001. Mais recentemente, o Acordo de Paris, assinado em 2015, buscou limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, mas os avanços têm sido lentos, com a ONU indicando que os países signatários estão longe de cumprir as metas estabelecidas, o que tem intensificado as preocupações sobre o futuro do planeta.
A COP30 terá como um dos principais desafios a questão do financiamento climático, essencial para apoiar os países em desenvolvimento na transição para uma economia verde sem comprometer seu crescimento. O fracasso em alcançar um consenso sobre esse tema na COP29 comprometeu os resultados da conferência anterior. Especialistas, como Holzhacker, apontam que o sucesso da COP30 dependerá da disposição dos países em discutir soluções eficazes para o financiamento climático, equilibrando as responsabilidades entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento.