Em 2024, o Rio Grande do Norte registrou apreensão de mais de 200 mil maços de cigarros contrabandeados, somando cerca de R$ 17 milhões em mercadorias ilegais. Dados da Receita Federal indicam que os cigarros ilegais representam aproximadamente 90% do total apreendido no estado. A região está inserida no mapa do contrabando de cigarros do Brasil, conforme relatório da Polícia Federal, com uma presença crescente desse comércio ilícito, alimentado por grupos criminosos organizados. Em 2023, cerca de 75% do consumo de cigarros no estado foi abastecido por produtos contrabandeados.
A atividade do contrabando de cigarros no Rio Grande do Norte tem gerado um grande poder econômico, movimentando milhões de reais por semana. Cada carga apreendida, como as que chegam em caminhões, pode ser avaliada em até R$ 3 milhões. O delegado da Polícia Federal no estado alertou para o impacto negativo de tal comércio, destacando que a corrupção policial também tem sido um problema crescente, facilitando o transporte, armazenamento e distribuição dos produtos ilegais.
A resposta das autoridades tem sido intensa, com diversas operações e apreensões no estado. Em dezembro do ano passado, uma grande operação conjunta resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão na Grande Natal e em João Pessoa. Em 2024, as forças de segurança realizaram apreensões significativas, como a de 300 caixas de cigarros em Monte Alegre. A complexidade do crime e seu impacto na segurança pública indicam que o problema do contrabando de cigarros continua a ser um desafio importante para a região.