Em 2024, o Brasil registrou um saldo negativo nas suas contas externas de US$ 55,966 bilhões, o que representa 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Este déficit é o maior desde 2019 e marca um aumento significativo em relação ao valor de US$ 24,516 bilhões do ano anterior, equivalente a 1,12% do PIB. A deterioração das contas externas é atribuída ao aumento da demanda por importações e a uma queda de US$ 26,1 bilhões no superávit comercial, impactado pelo crescimento das importações.
O Brasil exportou US$ 339,847 bilhões em 2024, o que representou uma leve queda de 1,2% em comparação ao ano anterior. Em contrapartida, as importações aumentaram 8,8%, atingindo US$ 273,629 bilhões. A balança comercial registrou superávit de US$ 66,218 bilhões, inferior aos US$ 92,275 bilhões de 2023. Além disso, a conta de serviços registrou um déficit de US$ 49,707 bilhões, um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior.
Os investimentos diretos no Brasil cresceram 13,8%, totalizando US$ 71,070 bilhões em 2024. Apesar dos desafios nas contas externas, as reservas internacionais do país mantiveram-se estáveis, com um estoque de US$ 329,730 bilhões no final do ano. Esses indicadores refletem uma posição relativamente sólida, embora a economia tenha enfrentado pressões decorrentes do aumento das importações e da diminuição do superávit comercial.