Em 2024, o governo federal enfrentou um déficit primário de R$ 43 bilhões, embora tenha cumprido a meta fiscal estabelecida. Apesar da arrecadação recorde, os gastos públicos aumentaram, ultrapassando R$ 2 trilhões, principalmente devido ao pagamento de benefícios previdenciários, despesas com pessoal e encargos sociais. Esse aumento nas despesas resultou em um déficit superior ao previsto, mas dentro da tolerância da meta fiscal, que permite um rombo de até R$ 28 bilhões e 800 milhões, excluindo despesas extraordinárias.
Ao desconsiderar os gastos com situações excepcionais, como enchentes e incêndios, o déficit primário em 2024 foi reduzido para R$ 11 bilhões, representando 0,09% do PIB. O Tesouro Nacional afirmou que o governo cumpriu a meta fiscal, destacando que o resultado ficou dentro dos parâmetros estabelecidos. Em uma análise mais detalhada, as autoridades econômicas reforçaram que, embora a meta tenha sido cumprida, a dívida pública ainda está em crescimento e será necessário adotar medidas para equilibrar as contas nos próximos anos.
Para 2025, o governo segue com o objetivo de atingir um déficit zero, enquanto para 2026, a meta é alcançar um superávit de 0,25% do PIB. Economistas alertam que, para alcançar esse equilíbrio fiscal e estabilizar a dívida, o governo precisará controlar mais os gastos e gerar superávits primários de forma mais rápida, evitando o crescimento contínuo da dívida pública. A trajetória fiscal ainda exige ajustes significativos, especialmente para equilibrar os fluxos financeiros e garantir a sustentabilidade da economia a longo prazo.