Em novembro, as famílias da zona do euro elevaram suas expectativas de inflação, conforme mostrado pela Pesquisa de Expectativas do Consumidor do Banco Central Europeu (BCE). A mediana das previsões indicou uma alta de 2,6% nos preços para os próximos 12 meses, um aumento em relação aos 2,5% de outubro, marcando o segundo aumento consecutivo. Esse ajuste sugere que a inflação persistente nos últimos anos ainda influencia o psicológico dos consumidores.
Além disso, a expectativa para os próximos três anos foi ajustada para 2,4%, o nível mais alto desde julho. Embora o BCE tenha reduzido constantemente as taxas de juros após conseguir controlar parcialmente a inflação, esses indicadores recentes indicam que a pressão sobre os preços pode ainda não ter sido totalmente resolvida. A pesquisa reflete um contexto em que as famílias continuam a ajustar suas expectativas em um cenário econômico volátil.
Apesar do aumento nas expectativas, é improvável que o BCE mude sua estratégia de corte nas taxas de juros, visto que ainda considera os níveis de inflação próximos de sua meta de 2%. No entanto, a confiança dos investidores diminuiu, e agora muitos duvidam que o banco central consiga realizar os cortes planejados de juros até junho. Essa incerteza reflete a complexidade da situação econômica na região e os desafios que o BCE pode enfrentar em suas políticas monetárias.