Moradores da região de Itapetininga (SP) estão sendo vítimas de uma possível fraude envolvendo uma construtora do Paraná, especializada em casas pré-fabricadas. A empresa, que foi contratada para a construção de imóveis, não cumpriu os prazos estipulados em contrato, deixando diversas obras inacabadas. A expectativa era que as entregas ocorressem no início de 2024, mas até o momento, os clientes se depararam apenas com a construção parcial de suas casas, e a construtora passou a exigir pagamentos à vista sem justificar o atraso. As vítimas já registraram boletins de ocorrência, acusando a empresa de estelionato.
Entre as vítimas está uma mulher que havia assinado contrato para a construção de um sítio em Fartura (SP), mas até agora só viu a base da estrutura erguida, o que resultou em um prejuízo superior a R$ 180 mil. Além disso, outros clientes que haviam pago parte do valor acordado, como em Avaré (SP), também relataram a interrupção das obras e o descaso da construtora. A empresa alegou dificuldades financeiras e sugeriu até o cancelamento dos contratos, mas os clientes não receberam mais respostas nem explicações sobre o andamento das obras.
O caso gerou preocupação entre os consumidores e chamou a atenção de especialistas, que alertam para a importância de verificar a reputação das empresas antes de firmar contratos, especialmente em transações imobiliárias. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo orientou as vítimas a apresentarem documentos que possam colaborar nas investigações. Enquanto isso, as autoridades de São José dos Pinhais (PR), onde a construtora tem sede, informaram que o alvará da empresa está ativo, mas a companhia enfrenta pendências jurídicas e administrativas, incluindo um processo de interdição. O Procon local ainda não se pronunciou formalmente sobre o caso.