O Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniu com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para discutir a proibição do uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em preenchimentos estéticos. A solicitação baseia-se em relatos de complicações graves associadas ao uso da substância, como a formação de granulomas, que exigem tratamentos delicados e podem deixar sequelas irreversíveis. A Anvisa, que já considera o PMMA um produto de alto risco, autoriza seu uso restrito a condições médicas específicas, como a correção de lipoatrofias em pacientes com HIV/AIDS e em alguns procedimentos de bioplastia facial e corporal.
Embora o uso do PMMA seja permitido apenas para finalidades específicas e com a supervisão de profissionais qualificados, diversas entidades médicas, incluindo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), desaconselham sua utilização em procedimentos estéticos. A SBD alerta para reações adversas imediatas, como inchaços, inflamações e reações alérgicas, além dos possíveis riscos de formação de granulomas, que podem comprometer a saúde dos pacientes.
A discussão sobre o PMMA e sua utilização em procedimentos estéticos ganhou relevância devido aos danos que a substância pode causar. A recomendação do CFM visa garantir maior segurança para os pacientes, evitando complicações que possam resultar em tratamentos invasivos e prolongados. A Anvisa, por sua vez, continua monitorando o uso do PMMA, mantendo sua autorização apenas para usos médicos específicos e limitados.