A morte de uma mulher de 46 anos, após realizar um procedimento estético em uma clínica no Recife, gerou uma investigação por parte do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A paciente, que se submeteu a uma harmonização de bumbum, foi encontrada sem vida em sua residência poucas horas após a intervenção. O médico responsável pela realização do procedimento, embora tenha alegado que está regularizando sua inscrição no estado, não tem um registro ativo no Conselho de Pernambuco. A clínica também foi alvo de fiscalização, e foram identificadas questões relacionadas à falta de estrutura adequada para esse tipo de procedimento.
Durante a vistoria, o Cremepe constatou que a clínica, Bodyplastia, não atendia aos requisitos exigidos para a segurança dos procedimentos. O médico, em declarações à imprensa, defendeu que a clínica possui a infraestrutura necessária para o tipo de intervenção e que o procedimento realizado era minimamente invasivo. Segundo ele, as licenças e equipamentos, como o carrinho de parada cardíaca, estavam presentes. No entanto, a investigação segue, especialmente em relação à inscrição do médico e às condições do local de atendimento.
O procedimento realizado na paciente envolveu o uso de polimetilmetacrilato (PMMA), uma substância polêmica que, apesar de ser utilizada por alguns profissionais, é alvo de controvérsia na área médica. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) já expressou preocupação quanto ao uso do PMMA, recomendando sua proibição devido aos riscos à saúde. O caso segue sendo investigado, com a defesa do médico alegando que a morte foi uma fatalidade sem relação com falhas no atendimento.