A primeira reunião de 2025 do Conselho de Administração da Petrobras, realizada em 29 de janeiro, foi marcada pela análise da política de preços dos combustíveis da companhia. A pressão de investidores privados por um reajuste que alinhe os preços internos aos de importação esteve em pauta, com destaque para a possível alta no preço do diesel, que não sofre ajustes há mais de um ano. Embora a direção da Petrobras tenha sinalizado que qualquer mudança se limitaria ao diesel, a divergência entre os conselheiros sobre a necessidade de um reajuste continua a gerar discussões.
O relatório apresentado pela diretoria, que defende que os preços estão dentro da política implementada em maio de 2023, foi rejeitado por uma parte dos conselheiros, que acreditam na necessidade de revisar os valores, especialmente do diesel. No entanto, a Petrobras não deve realizar alterações nos próximos dias, dado que a demanda por combustíveis costuma ser mais baixa nos meses de janeiro e fevereiro. A política de preços da empresa, que busca manter uma margem de lucro positiva, é considerada bem-sucedida pela maioria dos representantes do governo no conselho.
Embora o conselho tenha poder apenas para recomendar ajustes, e não para definir os preços, os diretores da Petrobras enfrentam um desafio adicional devido à ausência de dois membros-chave da diretoria, que estão de férias. A expectativa é que qualquer ajuste possa ocorrer mais para março, após o aumento de impostos sobre combustíveis, com a análise constante da situação de mercado, incluindo a influência de fatores como a cotação do dólar e o preço do petróleo.