O conselheiro especial do Departamento de Justiça, responsável pela investigação de um caso envolvendo o filho do presidente dos EUA, criticou duramente o líder americano por declarações que considerou injustas e politicamente motivadas. No mês passado, o presidente Biden havia concedido perdão ao seu filho, após o que fez acusações de que a investigação era tendenciosa e resultava de um erro judicial. Em seu relatório final, o conselheiro David Weiss refutou essas alegações, afirmando que a investigação seguiu os princípios da justiça, sem discriminação, e que as acusações apresentadas foram baseadas em fatos e na aplicação imparcial da lei.
Weiss também destacou que, ao longo da história, presidentes anteriores concederam perdões a familiares sem lançar ataques à integridade dos profissionais envolvidos em investigações. No caso em questão, ele afirmou que seu trabalho foi conduzido de forma independente, sem interferência política, e que as acusações contra o investigado foram feitas de acordo com as leis dos Estados Unidos, sem privilégios devido à sua posição ou sobrenome. O conselheiro enfatizou que críticas infundadas contra promotores e servidores públicos minam a confiança no sistema de justiça criminal.
Durante a investigação, Weiss processou duas pessoas: o alvo principal, em questões fiscais e relacionadas à posse de arma, e um informante que fez alegações falsas sobre subornos internacionais. Hunter Biden, filho do presidente, foi acusado de crimes fiscais e relacionados à posse ilegal de arma, tendo se declarado culpado, mas o caso foi interrompido pelo perdão presidencial. O relatório do conselheiro especial reitera a ideia de que a justiça deve ser aplicada igualmente a todos, independentemente de sua posição política ou familiar.