Na noite de quarta-feira, 29, o Congresso Nacional foi iluminado com as cores da bandeira trans, em uma homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado desde 2005. A iniciativa foi solicitada pelas deputadas federais Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) e teve como objetivo reforçar a visibilidade das pessoas trans e travestis, além de destacar a luta pelo acesso a direitos básicos como saúde, educação e trabalho.
A ação ocorre em um contexto de resistência em um Congresso Nacional predominantemente conservador, com declarações de apoio à causa trans, como as feitas pelas deputadas Hilton e Salabert. Hilton, por exemplo, destacou nas redes sociais que, apesar da oposição a seus direitos, as pessoas trans continuarão a lutar por sua existência plena e digna. Salabert, por sua vez, apontou que a visibilidade por si só não é suficiente e criticou a falta de avanços nas políticas públicas para a população trans, como a atualização do processo transexualizador pelo Ministério da Saúde.
Nos últimos anos, o ambiente político tem sido marcado por debates acirrados sobre os direitos trans. Atitudes transfóbicas e projetos de lei contra os direitos dessa população têm ganhado destaque, como no caso de propostas municipais em São Paulo que visam restringir a participação de atletas trans em competições e regulamentar o uso de banheiros públicos. Em nível internacional, o presidente dos Estados Unidos também tem tomado decisões que impactam negativamente as pessoas trans, como a exclusão de transgêneros das forças armadas.