O Congresso Nacional do Brasil acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a embaixada dos Estados Unidos após a deportação de brasileiros que ocorreram na semana passada. A situação gerou reações de autoridades brasileiras, como o deputado Túlio Gadêlha, que criticou a utilização de algemas e chamou o episódio de um desrespeito aos tratados internacionais. Além disso, o presidente do Senado também manifestou sua preocupação com o tratamento dispensado aos deportados, destacando que a dignidade humana deve ser preservada em qualquer contexto.
O Itamaraty também se posicionou, acusando os Estados Unidos de violar o acordo firmado para as deportações devido ao uso indiscriminado de algemas. Já a Polícia Federal iniciou uma investigação sobre as denúncias de maus-tratos feitas pelos deportados. O incidente, ocorrido no último dia 24, envolveu um voo com 88 brasileiros que foi forçado a fazer uma parada em Manaus devido a problemas técnicos. Durante o período em que ficaram no aeroporto, os deportados receberam cuidados e alimentação, além de terem as algemas retiradas, conforme decisão das autoridades brasileiras.
O voo com os brasileiros partiu dos Estados Unidos, onde haviam sido detidos durante o governo de Joe Biden, mas ocorreu sob a administração de Donald Trump, que tem adotado uma postura rigorosa em relação à imigração ilegal. O governo brasileiro planeja criar um grupo de trabalho com os EUA para discutir o tema das deportações, além de oferecer um posto de acolhimento aos repatriados no aeroporto de Confins, em Minas Gerais. A situação continua a ser monitorada, com esforços para garantir melhores condições e tratamento aos cidadãos afetados.