No domingo, 26, ao menos três pessoas foram mortas e mais de 40 ficaram feridas no sul do Líbano, durante confrontos com as forças israelenses que abriram fogo contra manifestantes. Estes haviam rompido bloqueios impostos pelo Exército de Israel em áreas próximas à fronteira, em protesto contra a presença militar israelense no sul do Líbano, além do prazo de 60 dias acordado em um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, as vítimas fatais ocorreram nas vilas de Houla, Aitaroun e Blida.
O Exército de Israel não se manifestou oficialmente sobre os incidentes, mas pediu que os libaneses não desrespeitassem os bloqueios. As manifestações estavam relacionadas ao desejo de que as tropas israelenses se retirassem da região, alegando que o Exército libanês ainda não conseguiu assumir totalmente a área. Enquanto Israel defende a necessidade de permanecer mais tempo devido à ameaça do Hezbollah, o governo libanês afirma que sua soberania e integridade territorial são inegociáveis, além de destacar a dificuldade de mobilizar suas forças enquanto os israelenses não se retiram.
Reações políticas intensas surgiram após os confrontos, com o presidente do Parlamento libanês, em alinhamento com o Hezbollah, cobrando uma intervenção internacional para que Israel se retire dos territórios ocupados. As Forças Armadas Libanesas tentaram manter a ordem, pedindo que civis seguissem as orientações militares para garantir a segurança nas áreas afetadas. O presidente libanês, por sua vez, reafirmou o compromisso com a soberania do país e pediu calma à população local.