Em 2024, o Paraná registrou 433 confrontos envolvendo policiais militares, civis e guardas municipais, de acordo com dados divulgados pelo Ministério Público. Esse número foi o segundo mais alto desde 2019, ficando atrás apenas de 2022. Nos confrontos, 413 pessoas morreram e 109 ficaram feridas. A Polícia Militar foi a mais envolvida, com 424 participações, representando 37% dos casos, seguida pela Polícia Civil e pelas Guardas Municipais, com números significativamente menores.
Curitiba foi a cidade com o maior número de mortes em confrontos, com 98 registros, seguida por Londrina, com 43 mortes. As principais situações que antecederam os confrontos incluem perseguições a crimes em andamento, intervenções em casos de violência doméstica e cumprimento de mandados judiciais. A análise revelou que a maioria das vítimas fatais são homens, com predominância de pessoas na faixa etária de 30 a 34 anos, e a maioria das vítimas é de cor parda.
O governo estadual afirmou que as forças de segurança seguem protocolos rigorosos de treinamento para lidar com situações de risco. Apesar disso, os confrontos armados continuam a ser uma realidade no combate ao crime organizado e à proteção da população. O uso de armas de fogo, segundo as autoridades, é considerado um último recurso, empregado apenas diante de uma ameaça iminente à segurança dos policiais ou civis.