A comunidade Cabeça de Porco, localizada na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro, tem enfrentado uma série de confrontos armados entre facções rivais, que disputam o controle do tráfico de drogas e a cobrança de taxas. Este foi o terceiro tiroteio registrado na localidade apenas nesta semana, gerando um clima de terror entre os moradores, que vivenciam intensos momentos de insegurança. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram balas traçantes cortando o céu, uma prática cada vez mais comum nas disputas territoriais entre grupos criminosos.
Os tiroteios têm ocorrido em horários diversos, com um deles, na madrugada de quinta-feira (9), atingindo um vidro de um apartamento em um condomínio próximo, sem deixar feridos. Moradores relataram que, além dos tiros, o ambiente ficou marcado por um clima de tensão e medo, especialmente após o confronto ocorrido na terça-feira (7), que praticamente sitiou a comunidade. As trocas de tiros entre facções e milicianos são frequentes na região, aumentando a sensação de vulnerabilidade entre os habitantes.
Embora a Polícia Militar tenha sido informada sobre os confrontos, a corporação não realizou ações de reforço na área, o que levanta questionamentos sobre a eficácia da segurança pública local. O uso de balas traçantes, que indicam a localização dos alvos durante a noite, tem sido uma estratégia comum para aumentar a precisão dos disparos entre os criminosos, tornando os conflitos ainda mais intensos e perigosos para a população. A situação continua a gerar apreensão, com moradores pedindo maior intervenção das autoridades para conter a violência na região.