O grupo rebelde M23, que tem atuado na região leste da República Democrática do Congo, tomou o aeroporto de Goma, uma das principais cidades da região. A crescente violência e a insegurança têm levado à fuga de moradores locais, enquanto os rebeldes alegam ter controlado a maior cidade do leste do país. Este movimento ocorre em meio a um longo conflito que já dura três décadas, com as tensões entre as nações envolvidas se intensificando.
Em Kinshasa, a capital do Congo, manifestações tomaram as ruas, com protestos contra a inação da comunidade internacional diante da situação. Manifestantes atacaram embaixadas e prédios da ONU, expressando frustração com a falta de intervenção de outras nações. A ONU, por meio de seu secretário-geral, pediu que a República Democrática do Congo e Ruanda tomassem medidas para proteger os civis na fronteira entre os dois países, dada a proximidade do conflito e os riscos crescentes para os moradores da região.
A acusação de envolvimento de Ruanda no financiamento do M23 foi levantada tanto pelo governo congolês quanto pela ONU, tornando a situação ainda mais complexa. No contexto do conflito, a presença de uma força de paz das Nações Unidas, que inclui militares brasileiros, continua a ser uma tentativa de estabilizar a região, enquanto a violência e a incerteza persistem. O apelo internacional por uma solução pacífica segue sendo uma necessidade urgente diante da grave crise humanitária.