Recentemente, a história de uma influenciadora brasileira mordida por um macaco na Tailândia ganhou grande repercussão nas redes sociais, destacando um problema crescente no país: a superpopulação de macacos, que tem se tornado mais agressiva na busca por alimentos. A situação afeta tanto turistas quanto moradores locais, especialmente em Lop Buri, onde uma grande quantidade de macacos circula livremente pela cidade. Embora esses animais sejam considerados um símbolo cultural e atrativo turístico, os conflitos entre eles e os seres humanos têm se intensificado, levando autoridades a reconhecerem a dificuldade de controlar a população.
O turismo na Tailândia, que antes da pandemia atraía quase 40 milhões de visitantes anuais, ainda enfrenta dificuldades para se recuperar totalmente. Em 2023, o país alcançou 35 milhões de turistas, superando as expectativas, mas a violência crescente envolvendo os macacos tem gerado preocupação, especialmente em áreas como Lop Buri. As autoridades locais, além de ações de controle populacional, como a esterilização dos animais, também enfrentam questões relacionadas ao excesso de visitantes e à possibilidade de ataques por parte de animais selvagens, como os macacos. As medidas, no entanto, não têm sido totalmente eficazes, com gangues de macacos rivalizando nas ruas e atacando pessoas e estabelecimentos.
Em resposta a essa situação, o governo tailandês estabeleceu compensações financeiras para vítimas de ataques, variando de 30 mil a 100 mil baht, dependendo da gravidade dos ferimentos. Além disso, um plano foi desenvolvido para capturar e realocar os macacos mais agressivos em instalações específicas, com o objetivo de equilibrar a convivência entre animais e humanos. Contudo, a implementação do plano tem se mostrado desafiadora, com falhas nas instalações temporárias e fugas de macacos. As autoridades continuam buscando soluções para resolver o conflito sem prejudicar os animais nem os seres humanos.